ali naquela noite os mesmos visitantes , os mesmos motoristas de taxis, as mesmas roupas


anos se passando, a mesma esquina.

as casas com seus cheiros, os jardins com suas plantas

a loção de barbear, a garagem com o opala amarelo,

ainda não lembro o nome, mas era maio, o sol começava a descascar meu muro nos mesmos lugares que a

 chuva fazia crescer limo,

fiquei preso no tempo e a vida passando nos comerciais, assim eu jogava os ossos mexidos, já

quase sem carnes, jogava sementes na terra machucada.

a rua e sua virilha, a vala, a ferida.

romantismo daquelas tardes mexia com a vida

dali em diante


caminhamos

sem saber por onde íamos

pois quando se reconhece uma cidade é porque já fazemos diversos percursos

então afinal, todos os dias são bons para a pesca de prazeres individuais.







 

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